Uma das grandes questões que
parecem surgir no novo milênio, na sociedade ocidental, em especial no Brasil,
é a falta de lugar do homem comum. Atualmente qualquer coisa que diga respeito
ao lugar do homem tradicional no mundo parece ser fruto de constantes e
indiscriminadas críticas.
O homem histórico, devido a
vários fatores, virou um símbolo puro do mau-caratísmo, da maldade pura, da
inconveniência e de um espécime que apenas espera sua extinção tardia. O homem como categoria e modelo comportamental é
diariamente combatido por vários meios de comunicação, seja por novelas ou
programas de auditório, virou moda acusar qualquer atitude máscula de machismo,
sendo esse termo usado como sinônimo de atributos satânicos.
Embora alguns grupos se neguem a reconhecer, machismo tem mais de um
significado, podendo ser simplesmente “qualidade, ação ou modos de macho[1]
('ser humano', 'valentão'); macheza; exagerado senso de orgulho masculino;
virilidade agressiva[2]
”.
Diante deste fato surge a grande questão: o que leva os meios de
comunicação, entidades que supostamente serviriam para informar e esclarecer
seu público, simplesmente ignorar que aquela expressão representaria muito mais
do que a “Atitude ou comportamento de quem não admite a igualdade de direitos
para o homem e a mulher, sendo, assim, contrário ao feminismo[3]” ou “comportamento que tende a
negar à mulher a extensão de prerrogativas ou direitos do homem”[4]
.
Embora não
seja pretenção desse primeiro texto indicar as respostas a esse dilema, nos
colocaremos a disposição ao menos de colocar essa temática em pauta.
A maneira mais
eficiente encontrada para extinguir o homem como instituição é destruir sua
própria essência, tornando vergonhoso aquilo que o é básico, como a
virilhidade, a valentia, o orgulho.
Ser um homem
orgulhoso de sua natureza é hoje motivo de zombarias e escárnio, não há mais
espaço para o cromossomo Y, somos atrazados, tolos, quadrados e fora de moda.
Felizmente,
contra toda sorte de acusações medíocres, surge atualmente uma posição cada vez
mais firme de ulguns homens que não se envergonham de quem são, pois, mesmo que
alguns grupos políticos bem organizados não aceitem, a humanidade não seria
quem é sem a contribuição masculina.
As novelas, o
cinema, os desenhos, colocam o ser humano masculino como um tolo, louco,
violento e descartável. Personagens como Homer Simpson passam a ser associados
ao gênero masculino. A vergonha está em ter pêlos no peito, no desejo sexual,
na força física, na capacidade de enfrentar as adversidades.
O homem
moderno ideal é desenhado como um sujeitinho fracote, molenga, que precisa do
colo da mãe para tirá-lo das dificuldades. O modelo moderno de homem é aquele
que sonha em ter uma vagina, em ser cortejado, que é tão delicado que pode ser
cortado pelo vento.
O Homem atual
tem vergonha de possuir um phalus, seus testículos são apenas objetos mortos
entre as pernas. A aurora desse século faz nascer um ser sem identidade,
afeminado
ao extremo, um protótipo, uma cobaia da engenharia social.
O corpo
masculino tem se transformado num exemplo risível, com sua quantidade ridícula
de músculos e exagerada dose de gordura. O modelo sonhado de homem é o de um
vampirinho delicado que se nega ao sexo, que só conhece o desejo por sua
companheira enquanto conceito metafísico. O amor para esse eunuco é
representado pela servidão à parceira.
O Homem
moderno envergonha-se daquilo que a natureza fez, pois para ele, ter um orgão
sexual masculino é antes de tudo totalmente não fashion.
Vejam que a
influência da reengenharia social se proprõe a
reconstruir o homem. Porém o seu laboratório é o mundo, e as cobaias a
humanidade inteira.
Hoje, ter
características de homem, ou opiniões firmes quanto à manutenção de qualquer
costume ou tradição é motivo de crítica de todos os lados.
Em um mundo
desavergonhado, corrupto, hipócrita, sacana e depravado, só resta ao “bicho
home” ter vergonha de si.
Ao homem não
resta muita coisa além da vergonha do pênis.